Lisboa em Azulejo

08. NOTAS

1- Seminário Internacional promovido pelo Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, subordinado ao tema: “Visões de Lisboa antes do Terramoto”, o qual decorreu a 18 de Novembro de 2010. Neste Seminário apresentaram-se as linhas gerais do projecto de investigação “Lisboa em Azulejo antes do Terramoto”, bem como alguns resultados preliminares da mesma investigação. Para além da equipa que compõe o projecto em causa, participaram neste encontro outros especialistas nacionais e estrangeiros que têm desenvolvido estudos na área da iconografia olisiponense.

2 - Em 2010, Rafael Moreira, em artigo inédito, intitulado "A data da «Vista de Lisboa» do Museu do Azulejo", propõe a data de 1716 para a realização do painel, baseando-se numa inscrição romana, existente na mercadoria de uma das embarcações junto a Santos, e que alegadamente corresponderia ao ano exacto da execução da obra. Todavia, este trabalho, amavelmente cedido aos autores deste texto, parece ignorar os argumentos apresentados por José Meco no texto de 1994 já citado, onde se comprovava indiscutivelmente com motivos históricos e artísticos, que o painel dificilmente poderia ser fruto da produção azulejar do período joanino, isto é, posterior a 1706. Como se verá, o presente texto vem igualmente reforçar a tese de que o painel foi executado ainda durante o reinado de D. Pedro II e que, portanto, nunca poderia receber a data de 1716. A inscrição deverá tratar-se da representação de uma marca alfandegária, tal como nos surge na pintura do tempo.

 

3 - Citado por Idem, ibidem, p. 883.

 

4 - Como ficou provado por Castilho, estas casas deixaram de pertencer aos Condes de Tentúgal, no início do século XVII (1619). Com efeito, desde o princípio de Seiscentos, a morada em causa deixara de pertencer aos Tentúgal (também Marqueses de Ferreira e mais tarde Duques de Cadaval), pelo que a associação efectuada por Rafael Moreira no trabalho supra-citado entre D. Jaime Álvares Pereira de Melo (1684-1749), 3º Duque de Cadaval e a encomenda do painel de azulejos não tem qualquer cabimento possível para a história deste conjunto azulejar. Sobre a condição de cavaleiro da Ordem de Cristo, ver DGARQ/TT, Habilitações de Santo Ofício, Maço 105, Dilig. 1740.

 

5 - DGARQ/TT, Cartório Notarial de Lisboa, N.º 15 (antigo n.º 7 A), Cx. 73, L.º 368, fls. 21 v.º a 22.

 

6 - Cf. Arquivo da Paróquia de S Tiago, Róis de Confessados da Igreja de Santiago de Lisboa (1693-1712).

 

7- Apesar de não sabermos com precisão a data em que terão deixado de habitar a morada de casas em questão, certa é a entrada a 25 de Fevereiro de 1728 de D. Helena de Lafetat Teles e Távora para a irmandade das Almas da igreja de Nossa Senhora da Pena, cujo assento nos revela o facto da dita senhora e Manuel Ferreira de Macedo morarem na Rua direita dos Anjos, para além de registar o falecimento desta irmã, no ano de 1741, Cf. Arquivo Paroquial da Igreja da Pena, Livro de Assento de Irmãos da Irmandade das Almas da Igreja da Pena, p. 70.

 

8 - Cf. DGARQ/TT, Registos Paroquiais de Lisboa, Óbitos, Santiago, L.º 20, fl. 28. Curiosamente, Marcos Vieira faz testamento numa quinta que possuía em Belas, conjuntamente com Maria da Silva, sua mulher, a 21 de Julho de 1729, sendo este aberto a 4 de Janeiro de 1730. Nesse instrumento, mencionam que “(…) tem hum filho vnico por nome João Vieira da Silva (…)” e ordenam “(…) que todos os sucessores que sucederem neste Morgado terão os apelidos de Vieira, e Sylva asim como ja o tem o dito nosso filho, e primeiro chamado sucessor para memoria da nossa família, e decendencia (…)” (transcrição nossa). O casal institui por testamenteiros dois dos seus primos: Domingos da Silva Vieira e Diogo Vieira, determinando o seguinte: “(…) Deixo eu Marcos Vieira a meus sobrinhos Miguel, e Joseph filhos de meu Irmão que Deos haja Manuel Vieira; trezentos mil reis para ambos (…) Deixo a minha irmã Perpetua Vieira moradora no Conselho de Lanhoso cem mil reis de Legado por huma Só vez // e Mando que se dem des mil reis todos os annos a Madre Clara Rosa Rellegiosa porfeça no Convento de Chellas enquanto viver (…) Eu Maria da Sylva deixo a meu Irmão o Dezembargador Phelipe Ribeiro da Sylva coatrocentos outenta mil reis de legado (…) E a meu Irmão Joseph Ribeiro da Sylva deixo se lhe dem vinte e coatro mil reis cada anno de legado (…) E a meu Irmão o Pe. Mestre Fr. Francisco do Espírito Santo religioso da Ordem de S. Bento (…) lhe deixo coarenta e outo mil reis (…)” (transcrição nossa), Cf. DGARQ/TT, Registo Geral de Testamentos, L.º 194, fls. 169-170 v.º.

 

9 - Acreditamos que se trata de D. Madalena Vicência Mascarenhas (1716-1789), filha de D. Helena Josefa Nazaré de Lencastre e de D. João de Mascarenhas, 3.º marquês de Fronteira. A referência a “senhora de Murça” resultou seguramente do seu casamento com Luís Guedes de Miranda Henriques, filho de João Guedes de Miranda e neto de Luís Guedes de Miranda, 11.º senhor de Murça.

 

10 - DGARQ/TT, Registos Paroquiais de Lisboa, Baptismos, Nossa Senhora da Conceição Velha, L.º 2 B, fl. 43 v.º. Foi baptizado a 2 de Setembro de 1668 e teve por padrinho João Baptista Alves.

 

11 - Idem, fl. 61 v.º. Foi baptizada a 4 de Maio de 1670 e teve por padrinho o Doutor Alexandre da Silva, inquisidor da Mesa Grande. Este inquisidor esteve ligado ao processo do Padre António Vieira. D. Antónia Maria casou a 16 de Outubro de 1700 com José de Sousa Falcão Rebelo, figurando como moradora na freguesia de Santiago. São testemunhas do casamento Pedro da Rocha de Azevedo e Luís de Sousa, ambos criados dos contraentes. DGARQ/TT, Registos Paroquiais de Lisboa, Casamentos, Santiago, L.º 2, fl. 48.

 

12 -  Ibidem, fl. 78. Foi baptizado a 6 de Janeiro de 1672 e teve por padrinho D. Fr. Gabriel de Almeida, bispo do Funchal. D. Frei Gabriel de Almeida foi em 1660 abade do mosteiro de Alcobaça e entre 1670 e 1674 bispo do Funchal.

 

13 -  Ibidem, fls. 195-195 v.º. Foi baptizado a 24 de Fevereiro de 1680.

 

14 -  DGARQ/TT, Registos Paroquiais de Lisboa, Baptismos, Santiago, L.º 2, fl. 69. Foi baptizado a 4 de Outubro de 1691 e teve por padrinho Roque Monteiro Paim. Roque Monteiro Paim (1643-1706), foi Comendador de Santa Maria de Campanhã, no bispado do Porto, da ordem de Cristo; doutor em Direito civil pela Universidade de Coimbra, secretário de estado do expediente a mercês de el-rei D. Pedro II, e seu grande valido; senhor da Honra de Alva, da Vila do Cano, dos Reguengos de Agrela e Maia; conselheiro da fazenda de capa e espada; desembargador extravagante da Casa da Suplicação, etc. Estudou na Universidade, onde se doutorou, conforme dissemos, regendo depois algumas cadeiras. Entrando na carreira da magistratura esteve na Relação do Porto, onde passou à Casa da Suplicação, em 1666. Deixando a magistratura por ordem de D. Pedro II, foi por ele nomeado seu secretário e juiz da Inconfidência, conselheiro da Fazenda, ouvidor da Casa de Bragança, e por várias vezes serviu os cargos de secretário de Estado, mercês e assinatura. Cf. “Paim (Roque Monteiro)”, in Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Vol. V, Lisboa, João Romano Torres, 1915, pp. 376-377. 

15 -  Idem, fl. 71. Foi baptizado a 20 de Outubro de 1692 e teve por padrinho Manuel Ferreira de Macedo.

 

16 -  No Livro N.º 1552 de Matrícula dos Moedeiros (1641 a 1801), fl. 5 v.º, existente no Arquivo da Imprensa Nacional Casa da Moeda, encontra-se o assento que atesta que a 16 de Abril de 1665 Álvaro Ferreira de Macedo terá sido armado moedeiro no ofício de fornaceiro, pelo facto desse lugar ter vagado pelo falecimento de António Dias Alves. À margem encontra-se ainda a menção de que terá desistido, remetendo para a indicação expressa no fl. 28 v.º do mesmo livro, que refere por sua vez a sua substituição por Manuel Álvares Lousa, a 7 de Maio de 1698, pelo facto do lugar ter vagado por desistência.

17 -  Alberto GOMES, na sua obra Moedas Portuguesas na Época dos Descobrimentos 1385-1580, refere o seguinte a propósito destes ofícios: “(…) Ficavam também desde então os moedeiros obrigados a residir dentro da cidade de Lisboa, ou fora dela até ao limite de 1 légua (mais tarde alargado às duas léguas), o qual não abrangia as povoações do outro lado do Tejo. Os oficiais e magistrados eram nomeados pelo rei e os restantes moedeiros pelo tesoureiro da casa, ouvido o respectivo cabido. Normalmente, o tesoureiro, escrivão, vedor e alcaide eram fidalgos ou cavaleiros; os mestres da balança, fundidores, salvadores e o abridor de cunhos eram ourives. Os fornaceiros (que faziam os discos) e os cunhadores (que faziam o dinheiro), eram pedreiros, picheleiros, forjadores ou cabouqueiros, a quem se exigia sobretudo força física e destreza a bater com o martelo” e “Fornaceiros – Moedeiros que transformavam os lingotes marcados, à custa de forjar, malhar e estender o metal, em chapas com a espessura pretendida (operação que hoje se designa por laminagem). As suas oficinas chamavam-se casas da fornaça (não confundir com casa da fundição), do ouro e da prata, organizando-se em grupos orientados por um capataz (as fornaças eram normalmente 2 no ouro e 5 na prata, entre 1517 e 1525)”.

18 -  José Justino de Andrade e Silva, na obra Collecção chronologica da legislação portugueza  remete para um documento constante no Liv. X da Supplicação, fl. 270 v.º: “Mandando ver as dividas que se offereceram contra Alvaro Ferreira de Macedo Moedeiro e Diogo Soares Familiar do Santo Officio sobre o privilegio de foro em uma causa que traziam no Juizo da Moeda fui servido resolver o Doutor Marcos de Andrade Rua da Moeda remetesse ao Juiz do Fisco os que perante elle corriam entre as ditas partes porque o Alvará que o Senhor Rei Dom Henrique que Santa Gloria haja havia mandado passar em o anno de 1580 sobre os privilegio que concedeu aos Familiares do Santo Officio e Assentos tomados nesta materia se deviam observar como Lei para que os Juizes Seculares abstivessem de conhecer das causas eiveis dos Familiares em que fossem réus não querendo elles ser demandados senão no Juizo do seu fôro que lhes toca pelo dito privilegio O Regedor da Justiça ordene que sem embargo do Accordão que nesta causa teve a seu favor Alvaro Ferreira se dê á execução esta minha Resolução Lisboa 8 de Agosto de 1685”.

19 -  DGARQ/TT, Tribunal do Santo Ofício, Maço 1, Diligência 19. 

20 -  DGARQ/TT, Cartório Notarial de Lisboa, N.º 15 (antigo n.º 7 A), Cx. 73, L.º 368, fls. 21 v.º a 22. (transcrição nossa).

21 -  DGARQ/TT, Registos Paroquiais de Lisboa, Óbitos, freguesia do Lumiar, L.º 01. fl. 106 v.º: “Aos treze dias do mes de Dezembro de mil setecentos e quatro annos falleceu no lumear Alvaro Ferreira cazado com D. Catarina d`Abreu Barreiros foi sepultado nesta igreja com todos os sacramentos, fés huns apontamentos - O Pe Cura Ignacio Rebello do Amaral” (transcrição nossa).

 

22 - Cf. DGARQ/TT, C.N.L., N.º 1 (antigo 12 A), Cx. 76, L.º 328, fls. 36-37.

 

23 -  Cf. DGARQ/TT, Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações, Maço 35, doc. 879, 30 de Agosto de 1696. Através da leitura do processo constata-se que as inquirições começaram a 5 de Junho de 1695, sendo ouvidos para o devido efeito: Manuel Mendes Namão, familiar do Santo Ofício e seu vizinho de infância; Manuel Álvares Sousa, mercador e morador na Rua de Mataporcos, portanto vizinho como o anterior; Domingos Maciel, familiar do Santo Ofício, conhecido do requerente desde a sua infância, bem como de seus pais há mais de 30 anos; Francisco Marques, familiar do Santo Ofício, igualmente conhecido da família há mais de 20 anos. 

 

24 - Idem

 

25 -  Cf. DGARQ/TT, Chancelaria de D. Pedro II, Livro 38, fl. 245. António Ferreira de Macedo é nomeado a 3 de Julho de 1693 Juiz de Fora das vilas de Cabeço de Vide e Alter, sendo referido no instrumento documental como Desembargador do Paço. Vide ainda no mesmo livro o fl. 453 v.º. Neste outro documento, datado de 20 Março 1694, António é nomeado ouvidor da vila de Fronteira "sem embargo de rezidir na de Cabesso de Vide" onde servia como Juiz de Fora, por recomendação do Marquês de Fronteira.

26 - DGARQ/TT, Registo Geral de Mercês, D. João V, L.º 5, fl. 380 (25-06-1712). O bacharel António Ferreira de Macedo mantém os cargos que ocupa de juiz dos órfãos, provedor das obras, capelas, hospitais, confrarias, albergarias, contador das terças e resíduos da comarca de Torres Vedras. No instrumento é referida a filiação de Álvaro Ferreira de Macedo, bem como o facto de “tomar residência” nesse local.

27 - Ibidem (01-04-1724). É-lhe passada a carta do hábito da Ordem de Cristo do Convento de Tomar.

28 -  Ibidem (13-11-1729). É-lhe passada carta para provedor de Torres Vedras, por mais três anos. 

29 - Ibidem (08-03-1730). Provisão para que possa vestir beca de desembargador para com ela servir o lugar de corregedor das ilhas. Idem, fl. 380-380 v.º (28-06-1730). Alvará sobre a administração da capela instituída por D. Joana de Melo na igreja do convento de Santa Marta de Lisboa.

30 -  Ibidem, L.º 38, fl. 476.

 

31 -  “Relaçam da forma com que A Magestade del Rey da Grão Bretanha, manifestou a Seus Reynos, tinha ajustado seu casamento, com a Serenissima Infante de Portugal, a senhora Dona Catherina”;/ “Relacion de las Fiestas que se hizieron en Lisboa Con la nueua del casamiento de la Serenissima Infanta de Portugal Dona Catalina (ya Reyna de la Gran Bretana) con el Serenissimo Rey de la Gran Bretana Carlos Segvndo deste nombre, Y todo lo que sucedió hasta embarcarse para Inglatierra”;/ “Festas Reays na côrte de Lisboa, Ao feliz Cazamento dos Revs da graõ Bretanha Carlos, & Catherína. Em os, Touros que se correram no Terreiro do Passo em Outubro de 1661. Dedicadas a Evropa Prínceza de Phenicia. E Escrítas Por Izandro, Aonio, e Luzindo, Toureiros de forcado”;/Quarto dia do Triunfo dos Animais escrito por Berardo Companheiro da Bandeirinha”;/ “Relaçam diaria da jornada que a Serenissima Rainha da Gram-Bretanha D. Catherina fez de Lisboa a Londres indo já desposada com Carlos IJ. Rey daqvelle Reyno e das Festa, qve nelle se fizeraõ até entrar em seu Palacio, Lisboa; “Relaçam da chegada Del Rey a Portsmout, & do que nella se tem passado até Domingo 26 de Junho de 1662”;/“ Relaçam da Sahida de Portsmout atè o Palacio da Quinta de Hanptamcurt”;/ “Relaçam da Entrada de Suas Magestades em Londres, sahindo do Palacio de Hanptamcourt, em tres de Settembro de 1662”;/  Relaçam dedicada A Serenissima Senhora Rainha da Gran Bretanha da Iornada que fes de Lixboa athe Portsmouth pelo P. Sebastião da Fonseca …”;/ “Relaçam dedicada as Magestades de Carlos e Catherina Reys da Gran Bretanha da Jornada que fiserão de Porthsmouth the Antoncourt e entrada de Londres pelo P. Sebastião da Fonseca”, e “Relaçam das festas de Palacio e grandesas de Londres dedicada A Magestade da Serenissima Rainha da Gran Bretanha  pelo P. Sebastião da Fonseca…

 

32 -  Cf. Arquivo da Paróquia de S. Tiago, Róis de Confessados da Igreja de Santiago de Lisboa (1693-1712): ano de 1700 - Álvaro Ferreira de Macedo, Catarina Ferreira de Abreu Barreiros, Antónia Maria de Macedo filha, Dezembargador António Ferreira de Macedo filho, Valentim Ferreira de Macedo filho, Teodoro Correia de Macedo filho menor, Catarina Barreiros de Abreu viúva, Maria Magdalena Criada, Joana Maria Criada, Luís de Sousa pagem; Francisco Pereira, Manuel dos Santos, António Machado caminheiro, Manuel da Costa pintor.

 

33 -  Os autores deste texto querem agradecer à Direcção-Geral de Património Cultural e à Câmara Municipal de Lisboa as facilidades concedidas na obtenção dos créditos fotográficos das imagens inseridas, em virtude do projecto de investigação em curso “Lisboa em azulejo antes do Terramoto de 1755” – PTDC/EAT-EAT/099160/2008.

 

 

 

 

in FLOR, Pedro; COUTINHO, Maria João Pereira; FERREIRA, Sílvia; FLOR, Susana Varela, "Grande panorama de Lisboa em Azulejo: novos contributos para a fixação da data, encomenda e autoria", Revista de História da Arte, nº 11, Lisboa, Instituto de História da Arte, 2014, pp. 87-105.

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